v. 34 n. 3 (2019): Revista Uruguaya de Cardiología
Especial temático

Uso adequado de estatinas de alta intensidade

Dr. Walter Masson
Servicio de Cardiología, Hospital Italiano de Buenos Aires. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina.
Publicado 25-11-2019

Palavras-chave:

INIBIDORES DE HIDROXIMETILGLUTARIL-COA REDUTASE, ALTA INTENSIDADE, GUIAS DE PRÁTICA CLÍNICA

Resumo

O uso de estatinas para reduzir os níveis de colesterol ligados às lipoproteínas de baixa densidade e, assim, diminuir os eventos cardiovasculares éumdos avançosmais relevantes na prevenção cardiovascular nas últimas décadas.Amagnitude dessas alterações no perfil lipídico dependerá do tipo de estatina e da dose utilizada. Aqueles que são capazes de diminuir 50% ou mais do nível das lipoproteínas de baixa densidade são chamadas de “alta intensidade”. Nas últimas décadas, as evidências de grandes ensaios clínicos randomizados com estatinasmostram que a redução do colesterol reduz amortalidade cardiovascular, a incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os primeiros ensaios clínicos compararam estatinas de intensidade moderada versus placebo. Posteriormente, postulou-se que o uso de estatinas de maior potênciamostrariauma reduçãomaior nos eventos cardiovasculares emcomparação comregimesmenos intensivos.
Além disso, vários ensaios têm estudado se o uso de estatinas de alta intensidade afeta a progressão da aterosclerose.
Nesta revisão, analisamos as evidências que corroboram as recomendações para o uso de estatinas de alta intensidade de acordo com as diferentes diretrizes de prática clínica na prevenção primária e secundária, identificando os grupos de pacientes mais favorecidos com sua indicação. Além disso, apesar das recomendações claras das diferentes diretrizes, foram descritas as razões pelas quais seu uso na prática usual é deficiente.