v. 35 n. 1 (2020): Revista Uruguaya de Cardiología
Artículos originales de investigación

Prevenção de trombose protética com anticoagulação após troca valvar aórtica por bioprótese.Meta-análise

Publicado 17-03-2020

Palavras-chave:

SUBSTITUIÇÃO DA VALVA AÓRTICA TRANSCATETER, BIOPRÓTESE, TROMBOSE, ANTICOAGULANTES

Resumo

Antecedentes: foi relatadomaior risco de trombose e eventos clínicos em pacientes que receberam biopróteses após substituição cirúrgica ou implante transcateter.
Objetivo: avaliar se o uso de anticoagulação por pelo menos 90 dias diminui e / ou impede a ocorrência de eventos clínicos tromboembólicos ou subclínicos empacientes comsubstituição da válvula aórtica biológica. Avaliar a incidência de sangramento e mortalidade associados a essa estratégia.
Métodos: pesquisamos artigos nas bases de dados: PubMed,Central Cochrane,CochraneLibrary e SciELO. Os termos utilizados foram: “AnticoagulationANDaortic bioprosthesis” e “AnticoagulationANDTAVIORTAVR”.Os critérios de inclusão e exclusão foram estabelecidos, realizando a análise dos eventos clínicos e subclínicos separadamente. A estatística utilizada foi odds ratio (OR).Ummodelo de efeitos randomizados foi utilizado para calcular a estatística e seu intervalo de confiança de 95%(IC).Os resultados dametanálise foramapresentadoscomoumdiagrama florestal.Consideramos p <0,05 significativo.
Resultados: foram identificados 233 artigos; selecionando 8 para trombose clínica e 5 para trombose subclínica. Não houve diferença significativa na incidência de eventos embólicos com o uso de ACO(OR=1,01; IC95%: 0,63-1,61; p=0,98) ou
mortalidade a curto prazo (OR = 1,10; IC95%: 0,77-1,56; p = 0,61). Uma incidência maior de sangramento maior foi demonstrada empacientes que receberam anticoagulação (OR=1,60; IC95%: 1,04-2,48; p=0,03). O risco de trombose protética subclínica foi maior nos pacientes que não receberam anticoagulação (OR = 5,52; IC 95%: 3,37-9,05; p = 0,001).
Conclusões: a anticoagulação oral está associada a ummenor risco de trombose protética subclínica, aumentando o risco de sangramento.Nos grupos comparados, não há diferença namortalidade ou no fenômeno embólico a médio prazo.