v. 35 n. 3 (2020): Revista Uruguaya de Cardiología
Artículos de revisión

Fernando Delgado
Instituto Nacional de Cirugía Cardíaca (INCC). Montevideo, Uruguay
Washington Machado
Instituto Nacional de Cirugía Cardíaca (INCC). Montevideo, Uruguay
Gonzalo Machado
Centro Cardiovascular Universitario, Hospital de Clínicas. Montevideo, Uruguay
Publicado 21-06-2021

Palavras-chave:

SANGRAMENTO PÓS-OPERATÓRIO, PROFILAXIA, GESTÃO

Resumo

Todo procedimento cirúrgico envolve diferentes graus de agressão. A cirurgia cardíaca com o uso necessário da circulação extracorpórea impacta particularmente vários sistemas. Neste trabalho, será dada ênfase ao seu impacto na hemostase.
O sangramento é uma das complicações mais comuns e mórbidas nesses pacientes. Embora mutifatorial na causa, a técnica cirúrgica, o tempo da circulação extracorpórea e as doenças pré-existentes tornam-se particularmente relevantes. O surgimento de novas drogas procoagulantes, novos sistemas de monitoramento de hemostase e o uso de protocolos de gestão com boas evidências mas baixa adesão até agora não conseguiram diminuir até agora o uso de hemocomponentes.
Nesta revisão nós analisamos as recomendações atuais para o manejo do sangramento na cirurgia cardíaca, sua prevenção através da otimização pré-operatória do paciente, a estratificação do risco, o apoio da hemostase intraoperatória e o tratamento de complicações hemorrágicas pós-operatórias daqueles pacientes que os apresentam.