v. 35 n. 3 (2020): Revista Uruguaya de Cardiología
Artículos de revisión

Fibrilação auricular pós-operatória: ¿um lobo com pele de cordeiro?

Publicado 21-06-2021

Palavras-chave:

CIRURGIA CARDÍACA, PÓS-OPERATÓRIO, FIBRILAÇÃO ATRIAL, REVISÃO

Resumo

Desde os primeiros días da cirurgia cardíaca, a fibrilação atrial (FA) tem sido uma companheira frequente para o pós-operatório, e sua reduçao não é esperada em um futuro próximo.
A interpretação de sua significância clínica mudou nos últimos anos, tendo conhecido sua tendência recorrente e sua associação com sérias complicações imediatas e de longo prazo.
Este fato mostra um novo desafio, pois deixou de ser um pequeno problema e uma consideração oportuna no perioperatório para constituir um tema de preocupação e acompanhamento em um futuro distante, mesmo com incertezas quanto à sua evolução e gestão.
A profilaxia efetiva dessa arritmia tem sido cercada pela multiplicidade de fatores de risco e pela intrincação de sua gênese, juntamente com a idade crescente dos pacientes envolvidos, a maior complexidade dos procedimentos, os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados e a ausência de um algoritmo preditivo confiável para racionalizar as medidas preventivas.
Além disso, muitas recomendações das guias atuais de prática clínica são baseadas em informações obtidas em estudos conduzidos em FA primária, de modo que sua adoção no cenário da cirurgia cardíaca tem sido menos do que desejável.
Todos esses aspectos são analisados nesta revisão, que termina com diretrizes práticas de gestão para arritmia no ambiente perioperatório.