v. 36 (2021)
Artículos originales de investigación

Impacto da pandemia COVID-19 na prática da eletrofisiologia cardíaca na América Latina: uma pesquisa da Sociedade Latino-Americana de Ritmo Cardíaco

Alejandro Cuesta
Centro Cardiovascular Universitario, Hospital de Clínicas, Universidad de la República, Montevideo, Uruguay.
Manlio F. Márquez-Murillo
Unidad Coronaria, Instituto Nacional de Cardiología “Ignacio Chávez”, Ciudad de México, México.
Luis C. Saenz
Centro Internacional de Arritmias, Fundación Cardio Infantil, Bogotá, Colombia.
Marcio Jansen De Oliveira-Figueiredo
Cardiología, Servicio de Electrofisiología, Universidad de Campinas, (UNICAMP), Campinas, Brazil.
Publicado 01-12-2021

Palavras-chave:

Pandemia, COVID19, Eletrofisiologia, Diretrizes Clínicas

Resumo

Introdução: no início da pandemia de COVID-19 foram implementadas diretrizes clínicas, incluindo os Serviços de Eletrofisiologia (SEF).

Objetivo: analisar a atividade assistencial e conhecer a situação do SEF na América Latina dois meses após o início das restrições.

Método: estudo descritivo-analítico e observacional transversal, por meio de questionário com eletrofisiologistas em março / 2020. Foi comparada a atividade clínica e invasiva realizada antes e durante a pandemia.

Resultados: foram incluídos 147 inquéritos, de 74 cidades e 18 países latino-americanos. O número de procedimentos semanais foi reduzido de 75 (45/127) para 20 (10/40) (p <0,001), com redução de 71%. Os procedimentos invasivos mensais foram reduzidos de 26 (13/39) para 4 (2/9) (p <0,001), com redução de 77%. Dos eletrofisiologistas que responderam ao questionário, 49% trabalhavam em 3 ou mais centros, e 89% compartilhavam o laboratório com serviço de hemodinâmica. A ocupação de leitos hospitalares foi baixa em 37%, intermediária em 28% e alta em 35%. Dos que responderam al questionário, 30% relataram que um médico de sua equipe foi colocado em quarentena por infecção ou contato. Foi relatado que, dentre os que responderam, 53% não realizava teste de triagem nos pacientes antes dos procedimentos, e em 77% na equipe. A maioria percebeu as dificuldades como importantes ou muito importantes, mas 63% consideravam a reabertura ao funcionamento.

Conclusões: houve redução significativa da atividade clínica e invasiva. A maioria não tinha grande ocupação de leitos. Os entrevistados trabalhavam em vários centros e em salas de hemodinâmica. As medidas de prevenção ainda não haviam sido totalmente implementadas, porém havia a percepção de que em pouco tempo a normalidade voltaria.