v. 34 n. 2 (2019): Revista Uruguaya de Cardiología
Controversias en cardiología

Angioplastia primária no infarto agudo do miocárdio: o condicionamento isquêmico remoto é benéfico?

Marcelo Espiñeira
Hospital y Cooperativa Médica de Rivera, Uruguay
Luciana Jubany Manfrini
Instituto Nacional de Cirugía Cardíaca. Montevideo, Uruguay
Publicado 21-11-2019

Palavras-chave:

INFARTO DO MIOCÁRDIO CON SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST, REPERFUSÂO MIOCÁRDICA, TRAUMATISMO POR REPERFUSÂO, CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO REMOTO

Resumo

O paradigma da reabertura precoce da artéria ocluída representou um marco histórico no tratamento do infarto agudo do miocárdio, e sua aplicação universal na prática cardiológica resultou em uma redução significativa da extensão da lesão miocárdica e da mortalidade por essa causa.
No entanto, a oclusão coronariana aguda continua sendo uma causa prevalente de morte e incapacidade de origem cardíaca, persistindo, portanto, a busca de novos métodos, drogas ou estratégias que contribuam para uma maior preservação do tecido miocárdico nesse contexto.
Pré-condicionamento cardíaco isquêmico, em suas diversas modalidades, que apesar de ter sido objeto de vários estudos, tanto clínicos como experimentais, não faz parte da prática usual no laboratório de cateterismo cardíaco, nos serviços de cardiologia crítica ou nas unidades móveis de emergência, onde a reperfusão miocárdica é realizada.
Nesta controvérsia, os autores apresentam argumentos a favor e contra o uso do pré-condicionamento isquêmico remoto como adjuvante da angioplastia primária em um ambiente clínico específico, proporcionando ao leitor com o estado da evidência em um procedimento cuja margem de utilidade ainda aguarda uma definição clara.